quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A VITROLA AMALDIÇOADA

Com essa p... , prefiro ouvir cd

Há tempos que tento ter uma vitrola descente, com coragem e força de vontade juntei uma grana, não muito, uns R$ 200,00. Acabei achando uma, usada é claro, por R$ 150,00. O vendedor, dono de uma minúscula loja de equipamentos usados a qual nem ele cabia direito, colocou o vinil para rodar e a coisa funcionava.

Foi eu sair da lojinha que tudo começou a dar errado, não encontrava a agulha certa para a vitrolinha. Com um pouco de pesquisa consegui sanar o primeiro problema, porém, imediatamente, já surgiu outro grilo. Fui tentar pôr o disco, mas a 'manivela' não fazia o lugar onde coloca-se o vinil, rodar. "Que geringonça", logo pensei.

Haja paciência, umas mexidinhas aqui e acolá, o vinil começa a rodar novamente. Tudo bem, só faltava agora as caixas de som. Peguei-as de um equipamento de som antigo e na tentativa de instalá-las, só vi fumaça. Pronto! aquela porcaria parou de funcionar de novo.

Corri na lojinha do Bendito, ele explicou quais peças haviam queimado e eu comprei-as com mais R$ 30,00. Agora a vitrola só esperava para tocar, primeiro teste, com o vinil da Xuxa, tudo certinho.

Descolei um canto da casa para instalar a maravilha e coloquei os discos novos empilhados com os mais antigos. Segundo e último teste, com o disco do Jim Croce: seguro a manivela, coloco o disco, ele começa a rodar, as caixas aceitam o som numa boa e a voz do cantor começa a sair mais fina do que de costume.

Cláudia do Canto - cacau@alltracks.com.br

VAMOS CONTAR HISTÓRIAS

Muitas vezes precisamos levar um tapão para acordar prá vida, principalmente nós músicos que ficamos esperando a inspiração cair do céu como uma chuva de notas musicais. Pois é, mas boas composições não dão em árvore, é preciso trabalho e muita observação.

Canto cover em uma banda de rock, mas sempre tive vontade que nós (a banda) tocássemos musicas próprias. O baterista tem algumas composições, os dois guitarristas e a vocalista também, mas ainda não encontramos o nosso estilo. Mas eis que um fim de semana meu pai separou uma reportagem, do Estadão, sobre a música folk e algumas bandas desse gênero que estão pintando por aí. Bendita hora, o nome da minha banda estava estampado no jornal, mas não éramos nós!

Em todo este tempo de banda não tivémos nem o cuidado de registrar o nome, sim, deu tempo para desmarcar ensaio, não persistir em criar arranjos para as músicas próprias, cuidar de outras coisas mais da vida... Bem, como diria Manuel Bandeira: "A vida inteira que poderia ter sido e não foi!"

Mas calma, ninguém ainda está morto! Lendo hoje um livro sobre a arte de imaginar, perceber e narrar uma história, ouvi: Existem estórias que só existem na sua cabeça e você tem de narrar essas estórias ou ela, à maneira das almas penadas, vai ficar a vagar, imaterial, pelo ar. Agora, não vá deixar sua canção por aí, vagando...

Cláudia do Canto - cacau@alltracks.com.br

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

SHOWS

Estamos quase em novembro, para os fãs de rock este mês já é como um presente de natal, de tanta coisa boa que tem na agenda brasileira de shows.

Para começar, no dia 8 de novembro o Planeta Terra Festival preparou, mais uma vez, um dia recheado com mais de 10 horas de música e a programação não tá nada mal não: The Jesus and Mary Chain, Kaiser Chiefs, Bloc Party e Foals; as norte-americanas Breeders, Spoon e Animal Collective; e os DJs Felix Da Housecat, Calvin Harris e Mylo estarão aguardando os fãs na Villa dos Galpões, em São Paulo.

Para temperar ainda mais a programação, entre os brasileiros que também estarão no festival estão: a jovem cantora Mallu Magalhães, revelação paulistana do Folk, o paulistano de carreira internacional Curumin, o DJ Mau Mau, um dos precursores da música eletrônica no Brasil e a banda Vanguard de Cuiabá.

Como quem realmente gosta de música não se satifaz com pouco, dia 11 de novembro o REM também invade o território nacional com um show no Via Funchal. Preparem-se, este mês promete!

Cláudia do Canto - cacau@alltracks.com.br

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

AS CABEÇAS VÃO ROLAR

Enquanto os fãs fazem de tudo para estarem mais perto de seus ídolos, outros não perdem tempo e fazem de tudo para transformar essa facinação em mais dinheiro... Bem, de ambição sei que essas duas raças não sabem pouco, mas o engraçado é que dessa vez o objeto tão estimado foi encontrado por um mendigo, dentro de um saco de lixo que estava jogado em um trem na Inglaterra.

Há alguns dias, Anthony Silva, morador de rua na Inglaterra, tirou a sorte grande ao achar uma cabeça feita de cera do ex-Beatle, Paul McCartney, enquanto passeava de trem. Na mesma hora, ele descobriu que o objeto foi perdido por Joby Carter, o leiloeiro, ao ler a história em um jornal sobre o qual dormia.

Diante da notícia, Anthony Silva também ficou sabendo da recompensa de 2 mil libras (cerca de R$ 7,3 mil) oferecida a quem encontrasse o objeto. É isso aí, quem disse que a vida não muda do dia para a noite está por fora, pois pode acontecer até com quem dorme no trem!

Cláudia do Canto - cacau@alltracks.com.br

terça-feira, 21 de outubro de 2008

SER OU NÃO SER?

Hoje é o dia em que entro no site de notícias sobre música e me pergunto se vivo ou não neste mundo. Muitas bandas novas e uns remanescentes do bom e velho Rock'n Roll. Ainda para ler o de hoje, precisa-se de alguma referência do antigo.

Há pouco tempo veio um bum de bandas que levam o "the" no nome: The Strokes, The alguma coisa, the aquilo outro e assim por diante... O que também me chama a atenção é o visual da garotada, uma mistura de nerd com punk que resulta em emo, de hippie mais paty que resulta em outra coisa mais. Alguém da moda logo diria: "Hoje pode tudo!"

E sempre pôde e por um aspecto acho tudo isso positivo, antes de ser o que sou e não o que pareço ser (como dizia vovô), tinha épocas em que só me vestia de preto, depois totalmente oposto, até que cai nisso.

Enquanto nos questionamos está tudo bem, depois de um tempo você nem se pergunta mais, daí é que a coisa fica preocupante!

Cláudia do Canto - cacau@alltracks.com.br

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

I'M NOT THERE

Uma criança, um moleque, um jovem,
um homem, um senhor...

Assisti um filme que conta a história de uma única pessoa com diferentes atores cada qual com seu distinto papel. Porém, a inspiração, o elemento central que estava neles, não estava lá!

Poder ver o retrato de um ídolo é pra mim, na maior parte das vezes, um encontro e um desencontro, como aconteceu assistindo o "I'm not there". São tantos pontos em discordância e tantos outros tentando compensar aquilo que ainda soa estranho...

Bem, acho que o filme, com esses tantos personagens, quis expressar o que um deles mesmo fala: Não sou poeta, só tento extrair poesia de cada coisa que vejo! O filme é poético e eu já sinto uma esquisitisse antes de dizer o que será dito agora: O rosto do Bob Dylan é para mim algo muito familiar, como aquele que você não se lembra a primeira vez que viu e não sabe quando verá de novo...

Cláudia do Canto - cacau@alltracks.com.br
 
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