terça-feira, 27 de novembro de 2007

"TUDO VALE À PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA"

Em um barzinho da cidade avistei um amigo que toca bateria, como ex-integrante de sua banda, fui comprimentá-lo. E aí cara? Como anda a vida, tá tocando ainda? Ele virou e me disse, puts, tive que vender minha batera. Pô, que pena! - foi o que eu respondi. Não sei bem ao certo o que o fez ter de vender a bateria, mas conheço o drama do artista amador decor(ação) e salteado.

Quando ele decide lá pelos seus 17-18 anos, ou antes, que o que mais gosta de fazer é tocar, é lindo, você já pode esperar que a segunda coisa que ele vai querer mais do que tudo é montar uma banda. "Tudo vale à pena se a alma não é pequena". Ele entra em uma banda, depois entra em outra, mas nenhuma delas é o que ele sonhava ser, muitas vezes ele queria poder tocar um outro repertório ou ensaiar mais, leva um tempo para ele encontrar uma banda a qual se identifique, mas só pelo fato de estar tocando fica satisfeito. Diria que a situação começa a complicar quando tem de escolher pela música como profissão ou optar por outra área, deixando a música em segundo plano. Alguns escolhem a música, mesmo que seja para ganhar pouco, outros escolhem outra profissão e a música em segundo plano. Como nos dias de hoje tá difícil qualquer um dos dois, só penso, se for para sofrer, que seja, pelo menos, fazendo o que gosta!

Neste caso, defino artista amador como aquele que faz por que ama.

Cláudia do Canto - cacau@alltracks.com.br

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